Próxima sessão ocorre nesta quarta-feira, dia 1º

Durante as quase duas horas da sessão da Câmara de Vereadores de Santa Clara do Sul, realizada no dia 24 deste mês, e sem projetos para apreciação, os vereadores abordaram diversos assuntos na tribuna.

A vereadora Helena Lúcia Herrmann (MDB), também encaminhou dois pedidos para o Executivo. Ela solicitou que seja enviado um representante da Secretaria de Saúde para a próxima sessão, marcada para esta quarta-feira, dia 1º, para apresentar o Relatório Municipal de Gestão da Saúde do Primeiro Quadrimestre de 2020, referente aos meses de janeiro, fevereiro, março e abril.

A vereadora também solicitou a presença da presidente do CONDESCLA, Patrícia Herrmann, para participar de uma sessão para falar sobre o programa de reestruturação da economia do Município de Santa Clara do Sul. A presença dela é aguardada pelos vereadores, como Marcelo Foltz (PT), que quer tirar dúvidas sobre o auxílio ao comércio.

 

Novas empresas para Santa Clara do Sul

 

Edson Mallmann (MDB) abordou a questão do programa Santa Clara Mais Saudável, uma alternativa de produção rural voltada para os alimentos orgânicos – está completando três anos de criação. E ressalta os resultados adquiridos neste período.

Ele comemora a vinda de novas empresas, entre elas a que vai produzir biscoitos para a linha pet, utilizando alimentos orgânicos produzidos em Santa Clara do Sul. Outro produto da marca sofre hidratação para posteriormente ser moído e destinado para a produção de itens como bolos e cucas. Outra empresa que pode se instalar no município, de acordo com o vereador, é uma empresa que produz a bebida denominada de Kombucha, que é derivada de chás.

 

Por caráter experimental, feira do produtor ocorrerá também às terças

Sobre o canal das vendas, Mallmann informa que existe uma feira no Shopping Lajeado, uma na Praça do Papai Noel, na Univates, junto ao Ginásio dos Esportes. Adianta que também será feita a feira em caráter experimental, a partir de 14 de julho, das 16h às 18h30min, nas terças-feiras, para determinar qual é a procura das pessoas. Além disso, diz que foram criadas parcerias com mercados na intenção de vender produtos orgânicos, como Imec e Languiru.

 

Vereadores discutem sobre o prefeito

Na tribuna, o vereador Mauro Antônio Heinen (MDB) abordou o discurso de Márcio Haas (PTB), da semana anterior, quando o presidente do Legislativo qualificou o prefeito como “ditador”. Em resposta, Mauro reafirma que o prefeito é exigente, firme e não aceita nada abaixo de ótimo, mas que de nenhuma forma se caracteriza como ditador, e que se dependesse do prefeito todas as coisas seriam feitas da forma perfeita.

Diante disso, reafirma que não há problema de Haas não gostar da gestão do prefeito, a qual considera excelente pelos resultados obtidos para a população.

Em resposta, Haas argumentou que a fala do vereador Mauro indica que foi o prefeito que o mandou defendê-lo na tribuna, o que segundo ele reforça sua opinião quanto a ele ser um ditador. Diz ainda que, se quiserem, podem lhe chamar do que quiser, e entende que se o prefeito se achar ofendido pode comparecer à Câmara para se defender. Por outro lado, ele volta a elogiar o prefeito pela sua gestão.

 

Auxílio emergencial é abordado

 

Heinen também contrariou o que foi dito pelo vereador Foltz na semana anterior sobre o fato de sentir vergonha por os agentes públicos receberem em dia e os comerciantes enfrentarem dificuldades. Com a edição de O Informativo de sábado nas mãos, abordou a coluna do Fabiano Conte acerca da lista de pessoas que receberam o auxílio dos R$ 600 sem ter direito, ou que moralmente não teriam direito, e citou um trecho: “vi na lista nome de pessoas críticas ao sistema e que condenam sem dó ou piedade os políticos, mas que não passam de legítimos moralistas de cuecas, que pregam a moral de cuecas” – o eufemismo para hipocrisia. Outro trecho ressaltava que os que se inscreveram sem ter direito cometeram crime de falsidade ideológica, e mesmo devolvendo poderá sofrer inquérito policial, e tem a citação de um agente público de Forquetinha cuja esposa ganhou R$ 1,2 mil. Sobre isso, ele e Mallmann, voltando-se a Foltz, disseram que as pessoas devem aliar a prática e a conduta.

 

Vereadora responde situação sobre o Milho Troca-Troca

 

Rosani Maria Hendges Richter (PP) abordou o que foi dito pelo vereador Heinen na sessão do dia 12 de abril, referente ao pedido dela à Administração Municipal para isentar o produtor rural do pagamento da semente de milho em 2020 – que daria cerca de R$ 50 por produtor – o qual não foi acatado pelo Executivo. Lembra que o vereador disse que ela queria aparecer ou se promover por ser um ano eleitoral. “Eu não preciso disso. Fiz um solicitação como representante também da comunidade rural, ainda mais, de acordo com ela, que se faz isso na secretaria a solicitação desaparece”. Ela ressalta ainda que o vereador fez menção de que ela estava mal-informada por conta de que o município só podia pagar 50%. No entanto, a vereadora reafirma que é conhecedora da lei, e agradece pelo governo estadual ter aumentado a sua contrapartida para auxiliar o produtor.

Em referência à lista dos 50 maiores produtores rurais, entregue pela prefeitura ao vereador Foltz, após pedido, Rosiani diz que cerca de 90% deles plantam milho. Reforça que não há saúde nem educação se as pessoas não têm o que comer, e afirma que esses alimentos vêm dos produtores que não ganharam os R$ 50 do Município.

 

Posto de Saúde volta a ser tema de debate

Helena também retomou assunto da sessão anterior, sobre a fala de Haas acerca da pressa para inaugurar o Posto de Saúde, demonstrou irritação sobre a recorrência do que chama de “picuinhas sobre o posto”. Ela lembra que a empresa pediu prazo de 60 dias por sete vezes e que a inauguração deveria ter sido feita em agosto de 2019. A vereadora volta a elogiar o posto, pela beleza e funcionalidade.

Na tribuna, Haas, menciona que além do HBB, com o qual o Município firmou convênio, existem empresas que praticam bons preços em exames, e em algumas vezes mais baratos. Diz que discute e repete as questões do posto na Câmara porque os assuntos eram levados para seus superiores, mas que talvez por sua maneira de expor as situações pode não ter sido entendido.

O vereador lembra que quando a Helena assumiu a Secretaria da Saúde todos adoraram, mas o que não entenderam foi que logo em seguida ela saiu. Isso porque, lembra o vereador, no dia que Iara saiu, reuniu todos na entrada do posto de saúde, disse que Helena iria assumir. “Inclusive nesse dia chorou, se despedindo porque não seria mais secretária”.

 

Data de publicação: 30/06/2020

Créditos: Leonardo Heisler

Créditos das Fotos: Leonardo Heisler

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